Emotions underlying decision-making: Applications in different areas

Summary

Com o presente projeto pretende-se a realização de um conjunto de estudos sobre as emoções subjacentes à tomada de decisões. Os estudos serão realizados no âmbito de diversas áreas de atuação, destacando-se as aplicações nas áreas dos i)cuidados de saúde e ii) das finanças pessoais.

i) a insuficiência de recursos que caracteriza os sistemas de saúde um pouco por todo o mundo condiciona o respeito de um dos princípios básicos em que se sustentam as sociedades desenvolvidas – o direito à saúde. Nos países desenvolvidos, o escalonar
dos custos com a saúde a um ritmo superior ao da criação de riqueza põe em causa a viabilidade financeira dos sistemas de saúde e do Estado de bem-estar social. Neste sentido, uma questão que domina as preocupações políticas na área da saúde é a de saber como distribuir de forma equitativa os cada vez mais escassos recursos da saúde. O racionamento, que sempre foi inevitável, tornou-se absolutamente evidente e requer a definição de critérios explícitos que suportem a alocação dos recursos, sobretudo em situações extremas que envolvam escolher quem tratar e a quem negar tratamento. No presente projeto procura-se identificar os critérios que a população em geral e os profissionais de saúde entendem ser os mais adequados na escolha dos doentes a tratar, em contextos de escassez de recursos. A tomada deste tipo de decisões envolve, porém, juízos de valor que, pela natureza que revestem (decisões
de vida ou morte), se podem traduzir em muitos estados emocionais. Pretende-se assim, explorar as emoções que este tipo de tomada de decisões, em cenários hipotéticos, suscita nas pessoas e nos profissionais de saúde. Comparar estados emocionais destes dois grupos é importante para averiguar se os valores da população não conflituem com os dos profissionais de saúde, responsáveis, no
terreno, por estas decisões de racionamento.
ii) As emoções desempenham um papel importante na tomada de decisões financeiras. Muitas vezes, os indivíduos tomam decisões financeiras baseadas nas suas emoções, em vez de analisarem racionalmente os dados disponíveis. As emoções também podem influenciar o modo como os indivíduos processam informações financeiras. Por exemplo, quando se sentem ameaçados ou ansiosos, podem ter dificuldade em compreender conceitos financeiros complexos ou tomar decisões financeiras importantes. Além disso, algumas emoções podem ser mais benéficas do que outras na tomada de decisões financeiras. Por exemplo, a confiança pode ajudar os indivíduos a tomar decisões mais assertivas, enquanto o medo pode levá-los a evitar riscos desnecessários. No contexto de cenários hipotéticos, a
compreensão das emoções subjacentes à tomada de decisões financeiras pode ajudar a desenvolver estratégias e políticas mais eficazes para melhorar a literacia financeira e ajudar os indivíduos a tomar decisões financeiras mais informadas e objetivas.

Sustainable Development Goals

3. Good Health and Well-Being

4. Quality Education

10. Reduced Inequalities

12. Responsible Production and Consumption

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