ARACNE +

O projeto ARACNE+ visa validar, desenvolver e consolidar um modelo de formação de inserção sócio-laboral que foi gerado por um projeto anterior KA2 – Parcerias Estratégicas para a Formação de Adultos, denominado ARACNE, TRAINING, EMPOWERMENT and ENTREPRENEURSHIP.

O primeiro projeto ARACNE foi desenvolvido (2014 a 2016), permitiu conceber um modelo inovador e transformador baseado na aprendizagem de competências que combina formação profissional, capacitação pessoal e grupal e a promoção do empreendedorismo social em ambientes reais de produção. Está estruturado como um itinerário de inclusão social que inclui três níveis, básico, intermédio e avançado. No entanto, as limitações temporais, orçamentais e funcionais deste projeto apenas permitiram um teste parcial do modelo desenvolvido, num único contexto, num único país e com um único grupo-alvo.

Em termos de inovação social, o objetivo é passar da fase de prototipagem para a fase de sustentabilidade, antes da aplicação do modelo em grande escala. Para o efeito, temos de responder aos seguintes desafios específicos:

Melhorar a proposta de competências de aprendizagem, assegurando a correlação com os sistemas formais de qualificação profissional nos países membros e a nível europeu.
Expandir e melhorar as actividades de formação propostas para que sejam verdadeiras pílulas de competências, atractivas e adaptadas aos interesses da população adulta.
Testar e avaliar protótipos de actividades de formação em diferentes contextos, países e níveis de aprendizagem.
Desenvolver ferramentas que facilitem a conceção e a implementação de itinerários integrados de inserção de acordo com a realidade dos alunos e o contexto em que se realiza.
Formar uma equipa de profissionais na aplicação do método que sejam os prescritores e multiplicadores nos seus respectivos países do Modelo ARACNE.
Envolver as Administrações Públicas e os organismos privados com competências na formação, no reconhecimento da eficiência e, portanto, de acordo com a grande escala do Modelo ARACNE.

Tendo em conta tudo isto, os objectivos do ARACNE+ são
1. Desenvolver a aplicabilidade do Modelo ARACNE de formação em diferentes contextos, a fim de determinar:

O impacto no público-alvo.
Os recursos necessários para a sua implementação.
Os perfis das equipas de profissionais envolvidos.
A estrutura organizacional necessária.
O tempo necessário para obter resultados significativos.

2. Conceber e produzir os recursos para a formação de formadores especializados na aplicação do modelo, incluindo um curso de formação de formadores.

3. Desenvolver uma proposta para o reconhecimento das competências desenvolvidas através da aplicação do Modelo ARACNNE de formação. Para o efeito, desenvolveremos um conjunto de indicadores seguindo as Diretrizes Europeias para a Validação da Aprendizagem Não-Formal e Informal que permitirão a avaliação destas competências.

4. Implementar uma plataforma de aprendizagem em linha.
Tendo em conta estes objectivos, selecionámos as seguintes PRIORIDADES:
HORIZONTAIS:

Transparência e reconhecimento das competências e qualificações.
ESPECÍFICAS:
Melhorar e alargar a oferta de oportunidades de aprendizagem de alta qualidade adaptadas às necessidades individuais dos adultos pouco qualificados ou pouco qualificados.
Alargar e desenvolver as competências dos educadores.

Os grupos-alvo do Modelo de Formação ARCNE são os seguintes

Profissionais e voluntários no domínio da formação e da inserção sócio-laboral.
Entidades no domínio da formação e da inserção laboral.
Empresas e organizações sociais
Administrações públicas responsáveis pelas políticas de emprego e inclusão.
Adultos com baixas qualificações ou adultos com baixas qualificações em especial mulheres em situação de precariedade.
Profissionais das universidades.

A dimensão transnacional do ARACNE+ justifica-se pela necessidade de validar o modelo com diferentes utilizadores e grupos profissionais pertencentes a diferentes contextos organizacionais, sociais, culturais e normativos. Para garantir que o modelo é transferível e aplicável em diferentes contextos, é necessário trabalhar em coordenação com entidades de vários países. Isto é válido tanto para os processos de validação como para o desenvolvimento de recursos complementares, como a formação de formadores ou o reconhecimento de qualificações, uma vez que, em ambos os casos, os contextos de aplicação são elementos-chave.